O conto da trajédia do Ramão
Moderador: Filipe Graciosa
O conto da trajédia do Ramão
Adeus Ramão em jeito Kafkiano
O sono foi interrompido pela chuva, eis mais uma manhã na vida do jovem Ramão. Primeiro um e depois o outro, abrem-se os olhos ao sabor de um desconforto que nunca o tinha acudido. Estava de barriga para cima e não se conseguia virar. Levou a mão à cara e surgiu o espanto perante uma pata escura que funcionava às ordens da sua mente. Com muito esforço e passado bastante tempo lá conseguiu virar-se e arrastar-se em direcção ao espelho. A visão do reflexo foi arrepiante, viu diante de si uma enorme barata. E agora, pensou, como é que vou para a LSPA.
LSPA é uma Associação de criadores de jimentos, na qual o jovem Ramão presta serviço como Secretário-geral há 116 anos, de uma forma absolutamente desinteressada e subserviente, mas com alguns dotes de fazer inveja a alguns Dons sicilianos. Tem um jeito especial para lidar com o telemóvel, as chamadas gotejam ao ritmo de chuva cirúrgica, a qual só embate e rebate em quem ele entende, bem ao seu jeito amigo, pleno de contra-informação. É este o segredo de 116 anos de poder. A AMIZADE!!!! É um DOM…
O seu Dom viaja constantemente de um opúsculo chamado Nenhures, bem no interior do Alentejo, para a cosmopolita Lisboa. É exactamente dessas viagens, por telefone, que um homem que ronda os 316 anos de poder, faz a magia que dita o dia-a-dia da LSPA. O nosso jovem Ramão tem de estar atento a esta herança cultural, de quem anda cá há muito mais tempo que ele, não diz palavrões em público, e cujos telefonemas são um verdadeiro fio condutor para a criação Divina. O jimento dos 100 pontos! Quase como na busca do Santo Graal. Com cavaleiros da távola redonda, e não Percival, mas sim o próprio Ramão.
O que diria José de Arimatéia à criação de mais uma lenda à volta da busca da perfeição!
Voltando à visão dantesca, eis que surge um dos maiores dilemas da vida do jovem Ramão. Como é que eu vou para Caís-Caís? Não posso aparecer assim à frente das “piquenas” que trabalham na LSPA? Como é que consigo segurar no volante com estas patas em formato de serrilha? O que vai ser da LSPA sem mim?
Não percam a continuação deste folhetim!
No próximo episódio - A luta do homem mangueira
Apelo à criatividade dos leitores Cavalonet para continuarem o relato da tragédia que assolou a vida nosso jovem e amigo Ramão.
O sono foi interrompido pela chuva, eis mais uma manhã na vida do jovem Ramão. Primeiro um e depois o outro, abrem-se os olhos ao sabor de um desconforto que nunca o tinha acudido. Estava de barriga para cima e não se conseguia virar. Levou a mão à cara e surgiu o espanto perante uma pata escura que funcionava às ordens da sua mente. Com muito esforço e passado bastante tempo lá conseguiu virar-se e arrastar-se em direcção ao espelho. A visão do reflexo foi arrepiante, viu diante de si uma enorme barata. E agora, pensou, como é que vou para a LSPA.
LSPA é uma Associação de criadores de jimentos, na qual o jovem Ramão presta serviço como Secretário-geral há 116 anos, de uma forma absolutamente desinteressada e subserviente, mas com alguns dotes de fazer inveja a alguns Dons sicilianos. Tem um jeito especial para lidar com o telemóvel, as chamadas gotejam ao ritmo de chuva cirúrgica, a qual só embate e rebate em quem ele entende, bem ao seu jeito amigo, pleno de contra-informação. É este o segredo de 116 anos de poder. A AMIZADE!!!! É um DOM…
O seu Dom viaja constantemente de um opúsculo chamado Nenhures, bem no interior do Alentejo, para a cosmopolita Lisboa. É exactamente dessas viagens, por telefone, que um homem que ronda os 316 anos de poder, faz a magia que dita o dia-a-dia da LSPA. O nosso jovem Ramão tem de estar atento a esta herança cultural, de quem anda cá há muito mais tempo que ele, não diz palavrões em público, e cujos telefonemas são um verdadeiro fio condutor para a criação Divina. O jimento dos 100 pontos! Quase como na busca do Santo Graal. Com cavaleiros da távola redonda, e não Percival, mas sim o próprio Ramão.
O que diria José de Arimatéia à criação de mais uma lenda à volta da busca da perfeição!
Voltando à visão dantesca, eis que surge um dos maiores dilemas da vida do jovem Ramão. Como é que eu vou para Caís-Caís? Não posso aparecer assim à frente das “piquenas” que trabalham na LSPA? Como é que consigo segurar no volante com estas patas em formato de serrilha? O que vai ser da LSPA sem mim?
Não percam a continuação deste folhetim!
No próximo episódio - A luta do homem mangueira
Apelo à criatividade dos leitores Cavalonet para continuarem o relato da tragédia que assolou a vida nosso jovem e amigo Ramão.
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- Registado: segunda mar 08, 2010 7:24 pm
Re: O conto da trajédia do Ramão
Parabéns caro PSL. Brilhante a historia.
Re: O conto da trajédia do Ramão
«A palavra fascismo deriva de 'fasces lictoris' (latim) ou 'fascio littorio' (italiano). Trata-se de uma espécie de cilindro, composto de um feixe de varas ligadas à volta de um machado. Simboliza a força da união em torno do chefe. Era usado na Roma Antiga, associado ao poder e à autoridade, em cerimónias oficiais - jurídicas, militares e outras. Na década de 1920, foi adoptado como símbolo do Fascismo, em Itália. Nada tem, pois, a ver com "facho", que se usa como equivalente de chama em "facho olímpico".
Depois desta breve introdução vamos dar seguimento aos contos do jovem Ramão, neste, intitulado a luta do homem mangueira.
A introdução serviu para melhorar o entendimento do leitor do significado equiparado, e figurativo, da semelhança em termos de representatividade, entre o facho para Roma e a mangueira para a LSPA. Por aqui a importância política e o poder associado medem-se em mangueiras. Insólito! Algumas vezes no ano, poucas infelizmente, ocorriam as célebres reuniões da Direcção da LSPA. Um verdadeiro ritual tribal onde a pretexto de uma reunião pouco importante, os vários convivas reuniam-se, após a insignificância do pretexto, no célebre Formiga Branca.
Aqui sim, era vivido um verdadeiro hino à existência. Juntos nessas noites de verdadeira luxúria de poder, partiam nozes do Brasil, com as respectivas mangueiras, ao som de Shakira. A um canto, e com ar igualmente apaixonado, digo babado, encontramos o Dom, que bem ao seu jeito cínico, diz enganar a idade e a vista, não com as minúsculas nozes brasileiras, mas antes com invejáveis melões angolanos, que os descasca de forma assertivamente germânica. Afinal os muitos anos e a vista cansada, deixaram-no pouco à vontade com o tamanho das nozes Brasileiras!
Neste ambiente vive-se as cores da amizade, o amor ao verdadeiro espírito do associativismo português! E as contas? Esses insignificantes apartes desta realidade, vão direitinhas para o item despesas de representação, da contabilidade desorganizada.
Os seus ilustres convivas elegeram o jovem Ramão como o homem mangueira. A justificá-lo esteve, não a força, mas antes o invejável e visível comprimento que a faz chegar onde os outros sonham, mas não conseguem.
Mas... as pequenas também ambicionam lá chegar. Por isso a luta deste nosso jovem herói em manter o estatuto.
Prometemos continuar a saga deste nosso super herói!
Depois desta breve introdução vamos dar seguimento aos contos do jovem Ramão, neste, intitulado a luta do homem mangueira.
A introdução serviu para melhorar o entendimento do leitor do significado equiparado, e figurativo, da semelhança em termos de representatividade, entre o facho para Roma e a mangueira para a LSPA. Por aqui a importância política e o poder associado medem-se em mangueiras. Insólito! Algumas vezes no ano, poucas infelizmente, ocorriam as célebres reuniões da Direcção da LSPA. Um verdadeiro ritual tribal onde a pretexto de uma reunião pouco importante, os vários convivas reuniam-se, após a insignificância do pretexto, no célebre Formiga Branca.
Aqui sim, era vivido um verdadeiro hino à existência. Juntos nessas noites de verdadeira luxúria de poder, partiam nozes do Brasil, com as respectivas mangueiras, ao som de Shakira. A um canto, e com ar igualmente apaixonado, digo babado, encontramos o Dom, que bem ao seu jeito cínico, diz enganar a idade e a vista, não com as minúsculas nozes brasileiras, mas antes com invejáveis melões angolanos, que os descasca de forma assertivamente germânica. Afinal os muitos anos e a vista cansada, deixaram-no pouco à vontade com o tamanho das nozes Brasileiras!
Neste ambiente vive-se as cores da amizade, o amor ao verdadeiro espírito do associativismo português! E as contas? Esses insignificantes apartes desta realidade, vão direitinhas para o item despesas de representação, da contabilidade desorganizada.
Os seus ilustres convivas elegeram o jovem Ramão como o homem mangueira. A justificá-lo esteve, não a força, mas antes o invejável e visível comprimento que a faz chegar onde os outros sonham, mas não conseguem.
Mas... as pequenas também ambicionam lá chegar. Por isso a luta deste nosso jovem herói em manter o estatuto.
Prometemos continuar a saga deste nosso super herói!
Re: O conto da trajédia do Ramão
O caso da vestimenta e da combinação da alemã
Para quem não sabe, o amuleto do nosso jovem Ramão é, nada mais, nada menos, do que umas delicadas e singelas cuecas, resultado de uma estrondosa vitória Lusa sobre a Alemanha. Tal e qual Sansão, o seu império e fortuna estão explicados. Este é o mistério da fé mais bem guardado, e no fundo a verdadeira desculpa para todas as vitórias em Assembleias-gerais, ou mesmo das inúmeras eleições da LSPA pelas quais passou. Saiu sempre ganhador! Os condimentos estão lá: o poder de uma mangueira com alcance, e o império da combinação alemã. Ninguém pense que as vitórias são ganhas com procurações ou milhares de telefonemas de intenção, NÃO, o segredo está mesmo na minúscula combinação. Mas a vitória que determinou este almejado troféu, teve o dedo, digo, a mão do Dom. Foi ele pessoalmente que fez o mais feliz apontamento da vida do nosso Ramão. O que seria do Ramão sem o seu Dom?
Mas o Dom não se fica por aqui na ajuda ao nosso herói, vai mais longe, deu-lhe um fato creme de fino corte. Mas… mais um segredo, o fato está artilhado para espionagem e contra-informação. Câmaras e gravadores high-tec proporcionam a maior fonte de informação. Quem se aproximar está irremediavelmente condenado, por isso, cuidado! Principalmente nos Festivais, em que ambos vestem estes super fatos de cor creme, e fazem um varrimento e cobertura de todas as conversas do Festival. Dentro dos chapéus de palhinha trazem a fórmula da criação do jimento dos 100 pontos. Nunca foi usada pois dará seguramente muita polémica, mas, caros amigos, o poder da criação está efectivamente nos chapéus de palhinha. Quando virem ilustres, de fato creme e chapéu de palhinha, estejam certos que são gente com o poder da pontuação. Como não há almoços grátis, também não há pontos grátis. ATENÇÃO!
Apenas um último reparo. Como há gente importante que se recusa a ir aos Festivais, o Dom, já deu dinheiro ao nosso herói, para a compra de um segundo fato. Desta feita preto, para mais facilmente passar despercebido, quando furtivamente entrar numa propriedade da Azambuja que cultiva a tradição do preto. Objectivo: recolha de informação de grande relevo para a pequenada.
A saga continua, destes nossos pequenos mas divertidos super-heróis! Pequenos de corpo, mas grandes no jogo da encenação e camuflagem. Por isso lá continuam!
Para quem não sabe, o amuleto do nosso jovem Ramão é, nada mais, nada menos, do que umas delicadas e singelas cuecas, resultado de uma estrondosa vitória Lusa sobre a Alemanha. Tal e qual Sansão, o seu império e fortuna estão explicados. Este é o mistério da fé mais bem guardado, e no fundo a verdadeira desculpa para todas as vitórias em Assembleias-gerais, ou mesmo das inúmeras eleições da LSPA pelas quais passou. Saiu sempre ganhador! Os condimentos estão lá: o poder de uma mangueira com alcance, e o império da combinação alemã. Ninguém pense que as vitórias são ganhas com procurações ou milhares de telefonemas de intenção, NÃO, o segredo está mesmo na minúscula combinação. Mas a vitória que determinou este almejado troféu, teve o dedo, digo, a mão do Dom. Foi ele pessoalmente que fez o mais feliz apontamento da vida do nosso Ramão. O que seria do Ramão sem o seu Dom?
Mas o Dom não se fica por aqui na ajuda ao nosso herói, vai mais longe, deu-lhe um fato creme de fino corte. Mas… mais um segredo, o fato está artilhado para espionagem e contra-informação. Câmaras e gravadores high-tec proporcionam a maior fonte de informação. Quem se aproximar está irremediavelmente condenado, por isso, cuidado! Principalmente nos Festivais, em que ambos vestem estes super fatos de cor creme, e fazem um varrimento e cobertura de todas as conversas do Festival. Dentro dos chapéus de palhinha trazem a fórmula da criação do jimento dos 100 pontos. Nunca foi usada pois dará seguramente muita polémica, mas, caros amigos, o poder da criação está efectivamente nos chapéus de palhinha. Quando virem ilustres, de fato creme e chapéu de palhinha, estejam certos que são gente com o poder da pontuação. Como não há almoços grátis, também não há pontos grátis. ATENÇÃO!
Apenas um último reparo. Como há gente importante que se recusa a ir aos Festivais, o Dom, já deu dinheiro ao nosso herói, para a compra de um segundo fato. Desta feita preto, para mais facilmente passar despercebido, quando furtivamente entrar numa propriedade da Azambuja que cultiva a tradição do preto. Objectivo: recolha de informação de grande relevo para a pequenada.
A saga continua, destes nossos pequenos mas divertidos super-heróis! Pequenos de corpo, mas grandes no jogo da encenação e camuflagem. Por isso lá continuam!
Re: O conto da trajédia do Ramão
Caros amigos
Sem querer molestar ninguém, pergunto:
- Quem é o Jovem Ramão?
- Será que o Ramão não terá familia e filhos, que merecem algum respeito?
- Será o único culpado da malfadada LSPA?
E OS OUTROS!... e os SÓCIOS silenciosos que permitem TUDO!
L. Garcia
Sem querer molestar ninguém, pergunto:
- Quem é o Jovem Ramão?
- Será que o Ramão não terá familia e filhos, que merecem algum respeito?
- Será o único culpado da malfadada LSPA?
E OS OUTROS!... e os SÓCIOS silenciosos que permitem TUDO!
L. Garcia
Re: O conto da trajédia do Ramão
Caro Liandro,
O Ramão, o Dom, a LSPA, os melões angolanos, as nozes brasileiras, não têm qualquer correspondência com a realidade! São personagens ou elementos fictícios.
No Portugal do antigamente assistimos ao brilhantismo do Vasco Santana, com frases como “chapéus há muitos”, ou o excelente e saudoso António Silva com a eterna “oh Evarito, tens cá disto?”. Todos eles brincaram com a realidade e puseram Portugal a rir. Hoje em dia temos os Gato Fedorento com humor de excelente qualidade.
Se um nome como Ramão lhe causa desconforto, devo dizer que o mesmo pode facilmente ser convertido no nome que o Sr. entender, assim como o resto dos elementos afectos ao conto. É tudo um exercício de pura imaginação, com variáveis que vão alternando como pinceladas num quadro, a abandonar a tonalidade branca, para assumir formas fantasiosas e faliciosas.
Quanto a família devo esclarecer que o Ramão é órfão! O jimento dos 100 pontos não existe!! A LSPA não tem associados!!! A LSPA não passa de quatro insignificantes siglas!!!!
Posso trocar, baralhar e criar múltiplas fantasias, como qualquer um deste colectivo. O abecedário é de todos, e a criatividade da sua composição e arranjo também!
Os meus cumprimentos,
PSL
O Ramão, o Dom, a LSPA, os melões angolanos, as nozes brasileiras, não têm qualquer correspondência com a realidade! São personagens ou elementos fictícios.
No Portugal do antigamente assistimos ao brilhantismo do Vasco Santana, com frases como “chapéus há muitos”, ou o excelente e saudoso António Silva com a eterna “oh Evarito, tens cá disto?”. Todos eles brincaram com a realidade e puseram Portugal a rir. Hoje em dia temos os Gato Fedorento com humor de excelente qualidade.
Se um nome como Ramão lhe causa desconforto, devo dizer que o mesmo pode facilmente ser convertido no nome que o Sr. entender, assim como o resto dos elementos afectos ao conto. É tudo um exercício de pura imaginação, com variáveis que vão alternando como pinceladas num quadro, a abandonar a tonalidade branca, para assumir formas fantasiosas e faliciosas.
Quanto a família devo esclarecer que o Ramão é órfão! O jimento dos 100 pontos não existe!! A LSPA não tem associados!!! A LSPA não passa de quatro insignificantes siglas!!!!
Posso trocar, baralhar e criar múltiplas fantasias, como qualquer um deste colectivo. O abecedário é de todos, e a criatividade da sua composição e arranjo também!
Os meus cumprimentos,
PSL
Re: O conto da trajédia do Ramão
Bem... acho que me tiraram o T!!!
Re: O conto da trajédia do Ramão
Ramão em rumo à vitória
Finalmente chegaram as eleições da caverna dos segredos (LSPA), a bem da democracia das vontades. Claro está que a chave da vitória está sempre do lado do nosso jovem Ramão, e do seu mentor, o jurássico e cínico Ferrão às Costas, verdadeiros pastores do mais desejado rebanho da LSPA, o das procurações.
Tal e qual um guru da decadência e indecência, o nosso jovem Ramão conduz o rebanho a toque de telefonemas. Nisto há democracia, pois de forma indiscriminada telefona-se a ovelhas pagantes, não pagantes, vivas ou mesmo já mortas, no intuito de conseguir a almejada procuração para a urna. O rebanho é acéfalo e subserviente, pois há que agradar!
Sem procurações haverá miséria, e os chumbos passam a ditar a vida das ovelhas tresmalhadas, isto é, aquelas que tiverem a audácia de fugir à alegoria da caverna dos segredos.
Nestas eleições está em causa a substituição do Grão-Mestre!
As reuniões para a causa eleitoral ocorrem na própria caverna dos segredos, pois a vergonha há muito que abandonou o figurino eleitoral afecto ao poder milenar que reina naquela instituição. O resultado de tanta movimentação de padrinhos e afilhados, é o resultado de sempre, a vitória de acéfalas mas religiosas ovelhas, que veneram e idolatram aqueles que têm o poder de costurar pontos a seu belo prazer.
Finalmente chegaram as eleições da caverna dos segredos (LSPA), a bem da democracia das vontades. Claro está que a chave da vitória está sempre do lado do nosso jovem Ramão, e do seu mentor, o jurássico e cínico Ferrão às Costas, verdadeiros pastores do mais desejado rebanho da LSPA, o das procurações.
Tal e qual um guru da decadência e indecência, o nosso jovem Ramão conduz o rebanho a toque de telefonemas. Nisto há democracia, pois de forma indiscriminada telefona-se a ovelhas pagantes, não pagantes, vivas ou mesmo já mortas, no intuito de conseguir a almejada procuração para a urna. O rebanho é acéfalo e subserviente, pois há que agradar!
Sem procurações haverá miséria, e os chumbos passam a ditar a vida das ovelhas tresmalhadas, isto é, aquelas que tiverem a audácia de fugir à alegoria da caverna dos segredos.
Nestas eleições está em causa a substituição do Grão-Mestre!
As reuniões para a causa eleitoral ocorrem na própria caverna dos segredos, pois a vergonha há muito que abandonou o figurino eleitoral afecto ao poder milenar que reina naquela instituição. O resultado de tanta movimentação de padrinhos e afilhados, é o resultado de sempre, a vitória de acéfalas mas religiosas ovelhas, que veneram e idolatram aqueles que têm o poder de costurar pontos a seu belo prazer.